terça-feira, 10 de junho de 2014

sábado, 7 de junho de 2014

MANGUEZAL DO RIO CEARÁ

Sobre o Manguezal


1. CARACTERIZAÇÃO DA BACIA DO RIO CEARÁ:

A bacia hidrográfica do rio Ceará situa-se na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), entre as coordenadas geográficas 380 24’ e 390 00’ de longitude Oeste e 30 11’ e 3023’ de latitude Sul. As nascentes do rio estão localizadas em sua maioria na Serra de Maranguape e o principal rio percorre aproximadamente 60 quilômetros na direção W-NE, até desembocar no Oceano Atlântico. Sua bacia fluvial tem cerca de 900 quilômetros quadrados de área total, abrangendo parte dos municípios de Maranguape, Fortaleza e Caucaia. O rio Ceará possui como afluentes fluviais pequenos cursos d’água localizados ao longo de seu percurso, como principais pode-se citar o riacho dos Macacos, riacho das Esperas e o riacho dos Patos na sua margem esquerda; o riacho Bom-Princípio, o riacho Pão-de-Açúcar, o riacho do Toco em sua margem direita, sendo que este último é o seu mais importante afluente, estando localizado na sua desembocadura a aproximadamente 7 Km de sua foz. O rio Ceará está incluído no grupo de pequenos rios litorâneos, possuindo uma planície aluvial composta por manguezais, além de meandros e pequenas ilhas fluviais (SUDEC, 1976). 

2. FLORA 

Na zona estuarina do rio Ceará predomina uma vegetação espessa do tipo arbórea-arbustiva, constantemente verde, apresentando um grande desenvolvimento superficial dos sistemas radiculares e numerosas raízes escoras e pneumatóforos. Essa vegetação é denominada de mangue, onde as principais espécies são o mangue vermelho ou sapateiro (Rhizophora mangle), o mangue preto ou siriúba (Avicennia shaueriana e Avicennia germinans), o mangue branco (Laguncularia racemosa) e o mangue botão (Conocarpus erecta). Essa vegetação encontra-se ainda em bom estado de conservação, apesar de vir sofrendo em alguns pontos um intenso desmatamento para a retirada de madeira, construção de salinas e de residências ao longo do seu percurso. 

3. FAUNA 

A composição faunística do manguezal do rio Ceará apresenta-se bastante diversificada, composta por espécies de origem terrestre e aquática. Dentre as espécies que habitam esse estuário podemos citar os crustáceos, moluscos, a ictiofauna (ver principais espécies nos quadros 01, 02, 03), além de aves como o sibite-de-mangue (Conirostrum bicolor), a saracura-do-mangue (Aramides mangle), dentre outras, entre os mamíferos destaca-se o guachinim (Procyon cancrivorus) e entre os répteis a cobra-de-veado (Boa constrictor). O manguezal do rio Ceará apresenta uma grande quantidade de peixes, tanto de água doce como de água salgada. Os crustáceos e os moluscos ocupam uma grande área e muitos podem ser consumidos pelas comunidades litorâneas. A fauna utiliza o ambiente estuarino como refúgio e fonte alimentar em especial os indivíduos jovens e larvas. Nele encontram condições ideais para a desova e reprodução das espécies. 

4. FONTES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 

As formas de uso e ocupação desse solo ocorrem de maneira inadequada, prejudicando o estuário como um todo. A retirada da vegetação original da planície flúvio-marinha acelera o processo de erosão da parte do rio causando o assoreamento do mesmo, além dos esgotos e do lixo que são lançados diretamente no rio, provocando sua poluição. A ocupação humana também se dá de forma inadequada, visto que esta ocorre às margens do rio, tendo problemas de enchente no período chuvoso e durante a maré alta. A população que vive nessas áreas sofre com os riscos de doenças devido às formas precárias de moradia e a contaminação das águas do rio. As áreas residenciais na planície flúvio-marinha não dispõem de infraestrutura básica, não têm abastecimento de água e nem esgotamento sanitário, sendo seus dejetos lançados diretamente no rio ou próximos a ele, causando com isso contaminação do solo e do lençol freático. No que tange a sua utilização, o estuário vem sendo explorado principalmente na coleta artesanal de ostras, peixes e caranguejos. Essa atividade é realizada geralmente pelos índios Tapebas, habitantes da margem do rio. 

5. IMPACTOS AMBIENTAIS 

Os principais impactos ambientais que ocorrem na planície flúvio-marinha do rio Ceará se dão através das formas inadequadas do uso e ocupação do solo local, afetando principalmente a faixa de praia e pós-praia, campo de dunas, manguezal e rio. As modificações ambientais são decorrentes dos constantes desmatamentos, ocupações inadequadas, assoreamento e lançamento de esgotos e lixos, causando com isso uma completa descaracterização da área estuarina. A poluição hídrica é um dos principais problemas do estuário. Esta ocorre através do lançamento de esgotos domésticos e industriais no seu principal afluente, o rio Maranguapinho, provenientes das indústrias TBA, FORTBBOI e CEARAPELES, além dos despejos de esgotos e lixo lançados pela população que mora nas suas margens e do efluente da Estação de Tratamento de Esgoto do Distrito Industrial de Maracanaú. Esse rio passa por bairros da periferia de Fortaleza como Alto Alegre, Bom Jardim, Granja Portugal e Genibaú, que são destituídos de sistema de coleta de esgoto. Outra fonte potencialmente poluidora é o estaleiro situado próximo a sua desembocadura, com eventuais derramamentos de óleos, em decorrência de reparos nas embarcações. Ao longo do estuário, percebeu-se grandes quantidades de materiais plásticos (garrafas de refrigerantes, detergentes, sacos) presos às raízes do mangue, demonstrando claramente os despejos de resíduos sólidos próximos às margens do rio Ceará. Constatou-se também a presença de animais mortos (cavalo, cachorro) boiando nas águas do estuário. O assoreamento do rio é um problema antigo que vem se intensificando na desembocadura do rio Ceará, onde se formou um "banco" de areia devido à deposição de sedimentos trazidos pelo rio e pelas marés e que se agravou depois da construção da ponte, pois já se percebe durante a maré baixa a formação de um novo "banco" de areia próximo às pilastras da ponte. Um outro problema que se percebeu na planície fluvio-marinha do rio Ceará é o desmatamento do manguezal. Este é feito com objetivo de fornecer madeira para a construção de casas, fornecimento de lenha e carvão utilizados pela comunidade ribeirinha e para a construção de salinas, que mais tarde são abandonadas, causando com isso sérios impactos para o ecossistema, visto que o aumento da salinidade torna difícil a regeneração da vegetação. Ocorre também no estuário do rio Ceará a pesca predatória de peixes, moluscos e crustáceos fazendo com que esse potencial diminua com o tempo. Apesar da capacidade do manguezal de absorver os agentes poluentes de outras áreas, foi observado por MAGALHÃES (1997), que a vegetação do mangue já apresenta sinais de degradação por poluentes, indicando o rompimento de sua capacidade de absorção. 

Fonte: http://www.oktiva.net/oktiva.net

sexta-feira, 6 de junho de 2014

PRESERVAR É PRECISO



Informações sobre os “Tapebas” em Povos
Indígenas do Brasil



Situação das terras: 

Na etnia Tapeba há um conflito histórico com a Prefeitura de Caucaia, representada pelo grupo político que vem dominando naquele município há mais de 20 anos. O povo Tapeba, por ter sido o primeiro grupo efetivamente reconhecido pelo órgão oficial, acumula o maior número de processos, já tendo, inclusive, um Procedimento Demarcatório de Terra anulado por não cumprimento de questões formais. Ainda tramitam na justiça várias ações que questionam a existência dos índios Tapeba e vem surgindo novos conflitos decorrentes da continuidade do novo procedimento demarcatório e das retomadas legitimamente organizadas pelos índios Tapeba.

A população Tapeba é composta, atualmente, por aproximadamente 6.439 indígenas que vivem distribuídos em 17 comunidades. Seu território está localizado na Região Metropolitana de Fortaleza, no município de Caucaia – estado do Ceará. A Terra Tapeba foi identificada em 1986 com uma área de 4.675 ha, pela FUNAI, e atualmente encontra-se em processo de demarcação.

A afirmação da identidade étnica e a luta pela terra são elementos fundamentais para compreender a história desse povo que, até tempos recentes (década de 80), não tinha o reconhecimento de sua etnia uma vez que a presença de povos indígenas no Ceará era constantemente negada.

Até a década de 80, o estado do Ceará, assim como os do Piauí e do Rio Grande do Norte, eram dados, pelos registros da FUNAI e pelos levantamentos produzidos por antropólogos e missionários, como os únicos estados no Brasil, além do Distrito Federal, em que inexistiam índios. No Ceará, entretanto, a presença indígena deixou de ser ignorada quando a então Equipe de Assessoria às Comunidades Rurais – hoje, Equipe de Apoio à Questão Indígena – da Arquidiocese de Fortaleza passou a atuar no município de Caucaia, junto à coletividade dos Tapeba.

“Tapeba”, “tapebano” ou “perna-de-pau” são atribuições étnicas pelas quais uma dada coletividade se identifica e é reconhecida na paisagem social local do município de Caucaia como constituindo um grupo distinto. Tapeba também é um topônimo. É o nome de uma lagoa e um riacho periódico da área rural do distrito da sede do município de Caucaia, na proximidade dos quais moram famílias Tapeba, numa área onde a sua presença é majoritária.

A etimologia da palavra tapeba é tupi constituindo uma variação fonética de itapeva (de itá/tá, i. é, “pedra”; e peva, i. é, “plano”, “chato”): “pedra plana”, “pedra chata”, “pedra polida”, etc. O nome do município em que se encontram também é de origem tupi, representando uma variação de ka’a-okai (de ka’a, i. é, “erva”, “mato”, “bosque”, “floresta”; e okai, i. é, “queimar”): “mato queimado”, “bem queimado está o mato”, “queimada”, “mato que se queima”. A toponímia local é quase toda ela de origem tupi: Capuan, Iparana, Icaraí, Jandaiguaba, Paumirim, Pabussu, Tabapuá etc.

*Fonte: texto original do antropólogo Henyo Trindade Barretto Filho disponível no site Povos Indígenas no Brasil

APOIO A PRESERVAÇÃO


Como despoluir as águas dos rios?


O principal método usado para a despoluição da água dos rios é o Sistema de Flotação e Remoção de Flutuantes. O método consiste na injeção de substância coagulante na água, para aglutinar resíduos que são mais facilmente removidos e envolve cinco etapas:
1- retenção de resíduos sólidos, por meio de sistemas de grades basculantes e cercas flutuantes; 2- aplicação de agentes químicos coagulantes (sulfato de alumínio e cloreto férrico), que aglutinam a sujeira e promovem a filtração química da água em tratamento (como em piscinas); 3- microaeração, pela injeção de água e ar por equipamentos específicos, permitindo a flotação ou elevação dos flocos acima da superfície da água para facilitar a remoção; 4- remoção da sujeira por um sistema rotativo, para a retirada do material flotado. O lodo resultante pode ser incinerado ou aproveitado como adubo; 5- desinfecção da água resultante, pela aplicação de cloro.

Fonte: http://www.klickeducacao.com.br/


quinta-feira, 5 de junho de 2014

DIA INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE


DOAR VIDA


GRUPO INDÍGENA TAPEBA

OS TAPEBAS















Tapebas são um grupo indígena que habitam os limites do município brasileiro de Caucaia na microrregião de Fortaleza, mais precisamente na Área Indígena Tapeba.

A tribo Tapeba é produto de frações de diversas sociedades indígenas nativas reunidas na Aldeia de Nossa Senhora dos Prazeres de Caucaia, que deu origem ao município de Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Os potiguaras, os tremembés e os cariris são as três principais etnias que deram origem aos tapebas, que habitam terras às margens do rio Ceará.

O nome da tribo deriva do tupi-guarani, e representa uma variação fonética de itapeva (itá = "pedra" e
peb(a) = "plano" ou "chato", ou seja, “pedra chata” ou “pedra polida”). Hoje, a tribo tapeba é formada por cerca de 5000 índios, distribuídos em aproximadamente 17 comunidades, sob a proteção jurídica e social da Fundação Nacional do Índio. Eles sobrevivem basicamente da agricultura, pesca e de venda de frutas e produtos artesanais fabricados na própria comunidade.

O reconhecimento dos tapebas pelos órgãos governamentais é recente. Até a década de 1980, o estado do Ceará era considerado pelos registros da FUNAI como um estado onde inexistiam índios. Isso aconteceu porque em 1863 o Presidente da Província deu por extinta a população indígena no Ceará, e incorporou patrimônios territoriais das aldeias.

A presença indígena deixou de ser ignorada quando a Arquidiocese de Fortaleza passou a atuar no município de Caucaia junto à coletividade dos Tapebas e prestou assistência a esse processo de reconhecimento ao longo dos anos. Hoje, organizações não-governamentais como a ADELCO (Associação para o Desenvolvimento Local Co-Produzido) e FAP (Fondation Abbé Pierre por le Logement des Défavorisés), da França, também estão atentas às questões da comunidade, sendo parceiras da Associação das Comunidades dos Índios Tapebas no seu Centro de Produção Cultural.

Os tapebas tiveram suas terras identificadas e delimitadas oficialmente pela FUNAI em 23 de julho de 1993, constituindo uma área de 4.658 hectares. A demarcação, porém, só foi feita quatro anos depois. Mas a vitória definitiva ainda não foi conquistada. A homologação e o registro cartorial das terras, as últimas etapas do processo demarcatório, não foram concluídas. A comunidade aguarda o remanejamento da população não-indígena e o fim das contestações judiciais.


BARRA DO CEARÁ, BAIRRO SITUADO Á MARGEM DO RIO CEARÁ, E ÚLTIMA ÁREA URBANA DA DIVISA ENTRE OS MUNICÍPIOS DE CAUCAIA E FORTALEZA

BARRA DO CEARÁ, BAIRRO SITUADO Á MARGEM DO RIO CEARÁ, E ÚLTIMA ÁREA URBANA DA DIVISA ENTRE OS MUNICÍPIOS DE CAUCAIA E FORTALEZA

Barra do Ceará

A Barra do Ceará é o mais antigo bairro da cidade de Fortaleza, capital do Ceará.  A população do bairro – Barra do Ceará, pelo censo de 2000, era de 69.317 habitantes, sendo o segundo bairro mais populoso da capital cearense.
História
O bairro é considerado o berço histórico do estado do Ceará por ter sido o local onde o Capitão-mor Pero Coelho iniciou a colonização do território construindo o Fortim de São Tiago, no ano de 1604.

Geografia

O Bairro Possui duas praias ao longo de sua parte costeira com largas faixas de areia clara e fofa, sendo a primeira, chamada de praia das Goiabeiras e a segunda, Praia da Barra, nesta última o Rio Ceará deságua, tendo ali a sua foz.
Limitando-se com o município de Caucaia, o acesso à cidade vizinha é feita por meio da ponte sob o Rio
Ceará chegando-se ao litoral oeste do estado, onde estão as famosas praias de Cumbuco, Taíba, Icaraí e Tabuba, dentre outras.
Esporte e cultura
A Barra do Ceará tem uma forte expressão esportiva e artística. É sede do Ferroviário Atlético Clube, um dos mais tradicionais times do futebol cearense. Também recebeu o primeiro Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte de Fortaleza, o CUCA, onde funcionou um dos clubes mais populares de Fortaleza, o Clube de Regatas Barra do Ceará.

CARACTERIZAÇÃO SÍNTETICA DO MUNICÍPIO DE CAUCAIA – CEARÁ, LOCAL ONDE ESTÁ LOCALIZADA A SEDE DA PERC – PRESERVAÇÃO DO ESTUÁRIO DO RIO CEARÁ

CARACTERIZAÇÃO SINTÉTICA DO MUNICÍPIO DE CAUCAIA – CEARÁ, LOCAL ONDE ESTÁ LOCALIZADA A SEDE DA PERC – PRESERVAÇÃO DO ESTUÁRIO DO RIO CEARÁ

Localização

O município de Caucaia faz parte da Região Metropolitana de Fortaleza, tendo como limites o Oceano Atlântico ao Norte e os municípios de Maranguape ao Sul; Fortaleza, Maracanaú e Maranguape á Leste e São Gonçalo do Amarante e Pentecoste à Oeste.
Possui uma área territorial de 1.293 km², o que representa 0,82% da área do estado e lhe confere a 31º posição no ranking do estado. 

Acessos

A BR- 222 constitui o principal eixo viário do município juntamente com as BR-020 e CE-090, que margeia o litoral e ainda pela CE-421 que interliga a BR-222 nas imediações de Primavera ao Pecém. Com a implantação recente da Via Estruturante (CE-085), um novo vetor de organização viária se estabelece no município, indo em direção ao Oeste.


Contexto Regional

A presença do Município no contexto regional metropolitano se vincula basicamente às atividades econômicas e sociais presentes no universo municipal e a distribuição destas atividades no espaço de forma equilibrada e com a adequada infra-estrutura de apoio às funções urbanas requeridas. Se por um lado existem atividades primárias, como a produção agropecuária, com criação intensiva de gado leiteiro ao longo da antiga Estrada do Icaraí e alguma produção de coco da praia, caju e derivados, em algumas áreas irrigadas, já existem também um vetor de atividades secundárias em consolidação com os setores industriais mesmo que concentrados sem um contexto de organização logístico preciso.
As situações urbanas por sua vez congregam os usos de habitação, comércio, serviços em geral e serviços especiais ligados `a atividade turística, como espaços não integrados.
Observando-se a distribuição geo-política da Região Metropolitana verifica-se que Caucaia pode assumir lugar destacado na hierarquia urbana, dentre todas as outras cidades vizinhas, quando da consolidação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, se puder expandir sua área urbana e apresentar maior eficiência em seus serviços e equipamentos, já que está a meio caminho entre este grande empreendimento industrial e Fortaleza. 


Divisão Distrital

O município está subdividido em oito distritos : Caucaia Sede, Catuana, Guararu, Sítios Novos, Tucunduba, Mirambé, Bom Princípio e Jurema.

Ambiente Físico

Em um município de tão grande dimensão, temos grande diversidade do meio ambiental: a zona costeira, composta pelas praias e dunas; os mangues e baixios pluviais, das bacias e foz do Rios Ceará e Barra Nova; as lagoas e lagamares; os açudes, de Capiné, Umari, distribuídos na área central do Município; dos Macacos, Bom Princípio, Ipueiras, Toque, Massapé, Minguau, Pão de Açúcar, ligados ao sistema hídrico do Rio Ceará e as serras de Maranguape, da Conceição, Camará e Juá.

População

Em 1996 o município possuía 209.150 habitantes, divididos em 188.739 na zona urbana e 20.739 na zona rural. A população de Caucaia é acentuadamente jovem, com 40,14% da população total com menos de 15 anos, sendo maior que a faixa estadual, decorrente dos efeitos migratórios, do qual Caucaia é um recebedor de população de outras áreas.
Na escala municipal o crescimento demográfico dá-se da seguinte forma : o distrito de Jurema detém uma das maiores taxas de crescimento, da ordem de 5% ao ano, sendo o distrito sede de Caucaia o segundo, com uma taxa geométrica de 4,75% ao ano. Os demais distritos são de natureza preponderantemente rural, com exceção de Sítios Novos. Bom Princípio evidencia estagnação populacional, tanto rural quanto urbana.
Catuana, Guararu e Mirambé apresentam taxas elevadas de crescimento urbano, e Tucunduba cresce pouco, sendo um distrito rural.

Dimensão Social
A renda per capita em Caucaia é de R$1.401,00, estando abaixo da renda estadual e acima do limite de pobreza urbana fixado pelo Banco Mundial (U$400,00). A taxa de analfabetismo infanto-juvenil é de 19,44%, abaixo da taxa estadual. Os problemas sociais mais alarmantes são a prostituição infantil, a delinqüência juvenil, a violência urbana e a carência de redes adequadas de infra-estrutura que ocasionam epidemias como a dengue e o cólera.

Economia

O seu crescimento tem se caracterizado por ser área de expansão da Capital, sendo que significativa parcela de sua população encontra-se fisicamente mais vinculada à Fortaleza do que à Caucaia, notadamente no distrito de Jurema. A economia do município de Caucaia obedece a um padrão preponderantemente baseado em atividades terciárias, vinculadas aos setores de comércio e serviços. Proveniente da dinâmica de Fortaleza, que vem deslocando para os seus arredores uma gama variada de atividades, a indústria vem se firmando, valendo-se do conjunto de incentivos fiscais que geram uma intensa competição intermunicipal pela opção dos investimentos.


Turismo

Caucaia está inserida na Macroregião Turística Fortaleza/Metropolitana, que corresponde territorialmente à Região Metropolitana. O município de Caucaia destaca-se como pólo do turismo sol/praia e de esportes náuticos. No entanto suas potencialidades naturais, culturais e históricas, o habilitam a atender outros segmentos turísticos. Nas praias de Dois Coqueiros, Iparana, Pacheco, Icaraí, Tabuba e Cumbuco já existe um número considerável de equipamentos turísticos. Também no interior existem atividades de lazer como parques de vaquejada e casas de forró e está prevista a implantação de um parque temático e um kartódromo. Assim, as âncoras turísticas para o município de Caucaia são: o Turismo de lazer, o Turismo Cultural, o Turismo Ecológico e o Turismo Esportivo. Porém, com a implantação do Complexo Industrial Portuário do Pecém outra vocação e/ou potencialidade se constitui: o Turismo de Negócios.

Infra-Estrutura Urbana
O município é abastecido de água proveniente do Complexo Pacoti – Riachão com distribuição feita pela CAGECE com cobertura de 35% da área urbana, pois apenas a Sede Municipal e o distrito da Jurema apresentam rede pública, atendendo 13,99% das habitações. O município de Caucaia possui um precário sistema de esgotamento sanitário, que sem nenhum tratamento, é lançado diretamente nos rios. Soluções paliativas são dadas como instalação de fossas e sumidouros, mas pelo fator de impermeabilidade do solo não funcionam satisfatoriamente e também contribuem para a poluição dos recursos hídricos. O Município possui sérios problemas de drenagem em sua Sede. O escoamento das águas pluviais é feito sobre a superfície, de forma natural ou através de um sistema de sarjetas nas vias pavimentadas, em seu núcleo mais antigo
A pouca e quase inexistente inclinação, devido a topografia plana na maioria das vias, e a própria irregularidade do regime pluvial constituem um fator desfavorável. Existem serviços de varrição de áreas públicas e coleta de lixo urbano, na Sede Municipal e principais distritos, abrangendo 51,90% dos domicílios do município. A quantidade aproximada de lixo coletado é de 180 toneladas/dia.